Uma humilde “fábrica de pão, à moda antiga”. Que nasceu para partilhar. Dar a conhecer a uns, relembrar a outros, a que sabe o “pão de verdade”, o mais simples, aquele que é feito com aquilo que basta a todos os pães:
Farinha, água, massa mãe e sal.
Como em tudo na cozinha, quanto melhores os ingredientes, melhor o produto final. Por isso, já em 2017, quando tudo começou, escolhemos Farinhas de Mó de Pedra, e daí vem o nosso nome (PÃO DA MÓ). A massa mãe (fermento natural), essencial, para se conseguir pães grandes, bonitos, para partilhar, com aquela textura e sabor “dos pães que a avó fazia, ou que havia lá na aldeia, onde moíam os cereais e coziam no forno a lenha, comunitário”. O sal, tem de ser marinho e grosso, para deixar tudo bem temperado! O resto, o tempo trata, é só deixar a magia acontecer. Seja aquecendo, seja mantendo no frio. Cada coisa no seu tempo. Daí vem a distinção. Assim como dos cereais que se misturam ou se usam em exclusivo. Mais integrais ou mais peneirados. Do pão de água (ciabatta), passando pela “meia baguete” e o clássico pão de mistura, até ao trigo integral e ao mais intenso, Puro Centeio, fazemos um pouco de tudo. Em dias diferentes. É preciso estar atento para entrar no esquema, mas num piscar de olhos, já domina a nossa rotina. Para facilitar, temos sempre Família e Sementes. Os eleitos do povo.
A partir daí… ficamos ao dispor.
a base. Sem esta farinha, não faria sentido. A que deu nome ao projeto.
o ingrediente mágico. a sua composição, tempo de preparação e temperatura à qual está sujeito, irá ditar a textura e sabor do pão. Mais, é esta massa mãe, a responsável pelo pão mais fácil de digerir e pelos nutrientes que nos proporciona.
é aqui que reside a diferença, entre um pão ``normal`` e um pão incrível!
o sal é fundamental, desde o controlo da fermentação até ao realçar do sabor dos pães. água é vida e como tal, essencial para transformar a mera farinha, num alimento essencial, o pão.
Ana Rocha, padeira desde 2017, na época com 30 anos, acabadinhos de fazer. Largou a Química que estudou no Porto e regressou de Lisboa onde passou 3 anos a trabalhar nessa área, enquanto ``brincava aos pães``, para consumo próprio e para os amigos. A saber da existência de farinhas de mó de pedra em Portugal, a conhecer moleiros, a notar a paixão crescente, a experimentar e a aprender pães diferentes, até que um dia, a oportunidade de mudar de vida surgiu. E sem hesitar, fez a Pão da Mó nascer.
Ex. Eng. Mecânico, atual ``devoto`` ao pão de fermentação lenta, desde 2021.