O que nos trouxe até aqui
O sabor. A textura. O aspeto. A descrição.
Sim, foram as caraterísticas físicas e as “promessas” que levaram a pessoa singular a querer fazer pão, antes de sequer pensar em ser “profissional do pão”. O único objetivo era conseguir provar aquele pão que tinha descoberto na internet (em 2013). Depois de meses a tentar até conseguir, o primeiro pão de massa mãe saiu perfeito! Lindo. Delicioso. O melhor pão da vida! Sem sair de casa! Só com água e farinha! Podia haver felicidade maior?
Ingrediente base
Havia a promessa de que as farinhas stoneground (de mó de pedra), fazem o pão ficar ainda mais incrível. Seria verdade? Só tentando. Era preciso ir em busca delas… Mas onde em Portugal, encontrar estas farinhas? (Afinal a inspiração era britânica e americana)
Naquela altura, numa mercearia recente/moderna, visitada por mero acaso num passeio por Lisboa, encontrou-se! Moinho de Papel. Farinha produzida em Leiria. Onde existem moinhos movidos a água do rio Lis. Lá havia “tudo” o que era preciso. Trigo, Centeio e Milho. Da mais integral à mais fina. Era preciso pedir com antecedência, para dar tempo de ser “limpa” (peneirada). A cada semana, era uma excitação, receber a farinha fresca! De facto, o sabor daquele pão de trigo integral com nozes, era do melhor! Mas melhor mesmo, era comer uma fatia com ovo e ficar saciada durante horas! Uma autêntica refeição!
Satisfação garantida
A partir daí, foram experiências e mais experiências. Felicidade e mais felicidade. Estava descoberto o prazer de comer pão de massa mãe. Foi esse prazer, esse sabor caraterístico, a textura gulosa e viciante, o que nos trouxe até aqui. Querer partilhar estes pães, feitos com tempo. Tempo que traz sabor e saciedade. Além daquilo que não se nota, os nutrientes (minerais, fibra, proteína!), que nos alimentam bem e por mais tempo, do que “pão normal”.
A tal massa mãe
É o segundo segredo. Afinal, é ela a responsável pelo sabor e pela textura destes pães.
O tempo: pseudo ingrediente
De nada adianta ter a melhor farinha, a massa mãe mais controlada ao minuto, se depois não houver tempo para que consiga trabalhar. Ou não fosse a massa mãe, uma cultura viva! Como todos sabemos, tudo o que é natural, demora o seu tempo até ficar pronto e bem apurado. Com sabor! É assim nos pães, tal como na cozinha. Por isso, deixemos trabalhar quem sabe. As tais das leveduras/bactérias/fermentos selvagens. Exatamente, desses que andam no ar, em todo o lado… O mérito é todo deles. A função dos padeiros, é dar-lhes as melhores condições e o melhor alimento, para em troca, receber o melhor pão. Aquele que cada vez (a mais pessoas), dá satisfação comer. Porque sabe bem e as faz sentir bem.